A Mercy For Animals (MFA), que enviou comitiva ao Quênia para acompanhar o debate inédito, vê decisão internacional como um passo fundamental na preservação da vida no planeta e um marco histórico para a proteção dos animais

A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou no início de março uma resolução inédita que introduz o bem-estar animal como preocupação política essencial no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O aval à proposta foi consenso entre os 193 países-membros durante assembleia em Nairóbi, no Quênia.

resolução foi submetida inicialmente à ONU por Gana, Senegal, Burkina Faso, Etiópia, República Democrática do Congo, Paquistão e Sudão do Sul. A aprovação significa o comprometimento dos países em proteger os animais e seus habitats, além de cumprir requisitos de bem-estar animal. Outro ponto é que o PNUMA faça um estudo sobre a conexão entre bem-estar animal, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

“A aprovação é uma ótima notícia, pois, pela primeira vez na história, o bem-estar animal será tratado de forma oficial e muito mais séria pela ONU, incluindo a relação sobre a forma como os animais são tratados e as principais crises ambientais que o planeta enfrenta. É um marco histórico para os animais e para o movimento de proteção animal”, destaca Lucas Alvarenga, vice-presidente de Desenvolvimento Internacional da Mercy For Animals (MFA) que, ao lado da presidente da MFA, Leah Garcés, esteve no Quênia acompanhando o debate inédito.

Entre os motivos que contribuíram para a proposta avançar na ONU estão deter a perda da biodiversidade, mitigar as mudanças climáticas, reduzir a poluição e reduzir o risco de novas doenças zoonóticas infecciosas como formas de alcançar o desenvolvimento sustentável.

No Brasil, a MFA faz parte da coalizão de 27 organizações que enviaram uma carta ao Ministério do Meio Ambiente, em janeiro, pedindo que o governo apoiasse a resolução. Juntas, as entidades contam com mais de 1 milhão de membros e apoiadores no país.

“A decisão da ONU é um passo importante para termos um planeta mais sustentável e que respeite todos os seres. Também oferece à comunidade global uma oportunidade de avanços significativos para o bem-estar animal, com impacto direto em impulsionar um novo paradigma na construção de sistemas alimentares sustentáveis e justos”, afirma Cristina Mendonça, diretora executiva da MFA no Brasil.

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