Desenvolvido por uma estudante do Centro Educacional Arteceb, de Imperatriz, projeto é um dos destaques da Febrace, realizada até o dia 26/3 em formato on-line
Bioplástico quase todo mundo já ouviu falar, mas, sobre o acrílico ecológico, também? Pois foi isso o que fez a estudante Ana Beatriz de Castro Silva, do Centro Educacional Arteceb, de Imperatriz (MA). Ela desenvolveu um acrílico a partir da película que envolve a polpa do buriti, palmeira típica do cerrado. E criou um plástico resistente da casca da planta, com o qual fez um revestimento para piso e parede; e também um biofilme, a partir da polpa. O projeto é um dos destaques da 20ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), reallizada até o dia 26 de março pela Plataforma Febrace Virtual.
Depois de produzir os biopolímeros, Ana Beatriz fez a caracterização biotecnológica deles, testando a opacidade, resistência química, propriedades mecânicas, capacidade de degradação em solo, entre outros aspectos. Os resultados mostram que a produção de biopolímero, a partir do Buriti, é viável: utiliza tecnologia para o desenvolvimento sustentável e social, e pode ser usada pela indústria polimérica e indústria farmacêutica, sem agredir o meio ambiente. A decomposição se deu em tempo recorde: até 15 dias na água e até 20 dias no solo.
A estudante pretende dar continuidade à pesquisa, desenvolvendo uma pele artificial com a mesma matéria prima. “Não quero parar, quero que realmente essa pesquisa se transforme em produtos que beneficiem a sociedade”, diz.
Os 497 finalistas da Febrace — entre eles o projeto de Ana Beatriz — serão julgados por professores universitários e especialistas, que farão a avaliação em teleconferências fechadas. Os autores dos melhores projetos, nas diversas categorias, ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, em um total aproximado de 300 prêmios e oportunidades no Brasil e no exterior. Também serão selecionados nove projetos para a Regeneron ISEF — a maior feira internacional de ciências do mundo, em maio, nos EUA.