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IPT e Exchange 4 Change Brasil lançam Centro Brasileiro de Inovação em Economia Circular

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Centro vai facilitar acesso a recursos tecnológicos e atrair investimentos para implementar projetos de economia circular em larga escala no país

 

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Exchange 4 Change Brasil (E4CB) anunciaram o lançamento do Centro Brasileiro de Inovação em Economia Circular (CBIEC) http://cbiec.com.br/, que tem como objetivo facilitar o acesso a recursos tecnológicos e fomento para a implementação da economia circular nas cadeias produtivas nacionais. O Centro será apresentado ao público em um evento online no dia 9 de junho (quarta-feira), oficializando o acordo de cooperação técnica e científica assinado entre o IPT e a E4CB para acelerar e dar escala ao desenvolvimento de projetos.

O CBIEC é a primeira iniciativa no país dedicada a articular empresas de diversos setores, os diferentes níveis de governo, instituições científicas e de inovação, organizações da sociedade civil e agências de fomento na aplicação de soluções circulares em produtos, serviços, processos e modelos de negócios. Além disso, busca aproximar a indústria ao agronegócio e à construção civil. O apoio administrativo será dado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do IPT (FIPT), que vai administrar e repassar os recursos captados a fundadores e parceiros do Centro para a execução dos projetos.

A parceria entre o IPT e a E4CB nasceu no âmbito do Hub de Economia Circular Brasil (Hub-EC), o primeiro hub criado na América Latina para integrar empresas de diversos portes e setores em negócios circulares. O Hub-EC é uma iniciativa da E4CB e o IPT integra a lista de dezesseis membros, que estão participando de discussões internas para implementar pilotos para teste de validação.

O Centro se institucionaliza, agora, como um meio de materializar os projetos estruturados no Hub-EC e outros que podem vir a se consolidar a partir do engajamento do mercado brasileiro. Enquanto a Exchange 4 Change Brasil é uma organização que orienta a transição para a economia circular no país, com expertise na gestão de projetos sistêmicos, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, por ser uma instituição de ciência e tecnologia, traz para a parceria a possibilidade de alavancar recursos para pesquisa, desenvolvimento e inovação no tema.

“Nós queremos propor um centro de desenvolvimento de inovação na prática, que viabilize projetos em um modelo de integração única. Os projetos são construídos com vários atores da cadeia produtiva, ou seja, já nascem integrando os desenvolvedores e o mercado. O Hub-EC engaja e articula as soluções, e o Centro vem para materializá-las”, explica a fundadora da E4CB e diretora do Hub-EC, Beatriz Luz.

A economia circular promove um novo formato de desenvolvimento econômico, que vai desde a concepção, design, fabricação e oferta até os usos das matérias-primas e produtos. Beatriz Luz explica que se trata de uma alternativa ao modelo econômico linear, baseado na extração, transformação, uso e descarte de materiais:

“O objetivo é manter o valor das matérias-primas e produtos em circulação por mais tempo, garantindo o ciclo reverso de materiais na mesma cadeia produtiva ou em novas cadeias, e evitando, assim, a geração de resíduos. A nova tendência faz com que as empresas não apenas reduzam custos e perdas, mas criem modelos de negócios inovadores e novas fontes de receita, gerando resultados econômicos e empregos”.

Segundo estimativa do Fórum Econômico Mundial, a economia circular representa uma oportunidade de crescimento global da ordem de US$ 4,5 trilhões até o ano de 2030. Esse modelo será relevante no enfrentamento das mudanças climáticas, contribuindo para alcançar as metas do Acordo de Paris e, também, para apresentar soluções práticas e multiplicadoras dos negócios. “É, portanto, recomendável que empresas e governos incorporem a economia circular em suas estratégias de políticas climáticas e estímulo ao desenvolvimento de negócios”, afirma Jefferson de Oliveira Gomes, diretor-presidente do IPT.

“Em outras palavras, é um conceito alicerçado a partir de diferentes escolas de desenvolvimento sustentável, como economia ecológica, economia verde, economias de ciclos e de performance e da ecologia industrial, entre outros, e que emerge como alternativa à economia linear, trazendo benefícios para diversos setores e para as cidades”, ressalta a diretora de Inovação e Negócios do IPT, Cláudia Echevenguá Teixeira.

O Centro Brasileiro de Inovação em Economia Circular já nasce com parcerias internacionais. O IPT e a E4CB assinaram uma carta de intenção de cooperação internacional com os portugueses do Laboratório Colaborativo para a Economia Circular (Cecolab) e a Rede Africana de Economia Circular, que reúne 31 países, incluindo África do Sul, Angola, Egito e Nigéria. O intuito é promover o engajamento em programas de colaboração técnico-científica para a implementação de soluções que facilitem a interação e a troca de conhecimento entre Europa, América Latina e África.

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