Os alimentos colhidos são repassados às famílias de baixa renda; Ponto de coleta e reciclagem é instalado na mesma comunidade, para gerar renda aos moradores e incentivar a economia circular

O projeto Horta na Escola chegou a Ferraz de Vasconcelos. A iniciativa tem como objetivo investir no combate à insegurança alimentar na comunidade e no fomento à alimentação saudável desde a primeira infância. A ação conta com o gerenciamento da Gerando Falcões, que será a responsável por administrar a parceria entre diversas ONGs e prefeitura, a fim de transformar a EMEF Professora Nurimar Martins Hiar em uma escola referência em educação e sustentabilidade.

O projeto foi idealizado pelo Ifood com apoio da Elo. Com o investimento também da Elo, bandeira do cartão físico de vale-alimentação e vale-refeição do iFood Benefíciosfoi possível a construção de um espaço de 700m² para o cultivo de vegetais e legumes e o fornecimento de equipamentos de jardinagem.

“Esse projeto é muito interessante. As duas coisas estão muito ligadas, não dá pra estudar sem uma boa alimentação, e o ensino de qualidade por sua vez é chave principal da transformação social na vida das famílias de baixa renda”, Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Sustentabilidade do iFood.

A escola que receberá a horta já possui um polo de atividades culturais dentro do programa Favela 3D na Comunidade, no contraturno escolar. A ideia agora é impactar ainda mais gente, conectando as atividades da horta ao plano pedagógico e a comunidade do entorno, por meio de formações para o cultivo e distribuição dos alimentos, para que o projeto seja duradouro.

“Sem dúvidas, ações sustentáveis são um dos principais caminhos para alcançarmos nossa missão de transformar a pobreza da favela em peça de museu. Estamos conectando o pilar da educação, da alimentação e do desenvolvimento social, e o resultado dessa parceria é imensurável. Após este projeto piloto, esperamos implementar a iniciativa em outras unidades e comunidades, contribuindo ainda mais para um avanço fundamental no contexto do projeto da Gerando Falcões, o Favela 3D — Digna, Digital e Desenvolvida — que prevê interromper o ciclo de pobreza nas favelas, por meio de diferentes frentes”, afirma Ellen Pimentel, gerente de Expansão de Rede da Gerando Falcões.

A projeção da horta é produzir 1,2 tonelada de alimentos diversificados ao mês. O projeto será implementado com o apoio das instituições Organização Cidades sem Fome, responsável pela construção e manutenção da horta escolar de forma a gerar impacto positivo na nutrição dos estudantes, e Pé de Feijãoresponsável pelos eventos de engajamento, formação de educadores e cuidadores, com o intuito de aumentar a confiança na utilização da horta como plataforma pedagógica.

“Quando as crianças e adolescentes participam do plantio, dos cuidados e da colheita da horta e do pomar dentro da escola, elas vão pouco a pouco ganhando mais repertório de toda a diversidade que existe de alimentos frescos. Ao se envolverem no processo do cultivo, a proposta é que as crianças e demais pessoas impactadas criem uma relação afetiva e o aumento de consumo de frutas, legumes e verduras vem de uma forma mais natural.”, Luisa Haddad, co-fundadora do Pé de Feijão. A implantação do projeto prevê a formação de educadores e moradores da comunidade para serem os sucessores dos cuidados da horta, e assim oferecer um legado contínuo à comunidade.

Além da horta, também será instalado um ecoponto móvel na comunidade, dessa vez, em parceria com a Coletando. O ponto de reciclagem promove o descarte correto dos resíduos, uma nova fonte de renda aos catadores e beneficia o meio ambiente com a destinação correta destes para a indústria recicladora, reduzindo o impacto no ecossistema. O objetivo do projeto é, aos poucos, aumentar a taxa de reciclagem de resíduos no Brasil, que hoje é de apenas 4% do total de descartes.

Para tanto, o programa Coletando, Reciclou, Ganhou!!! vai fazer com que o descarte gere renda para a comunidade. O cashback, advindo da entrega correta de materiais, será depositado em um cartão que o morador receberá e poderá ser utilizado em qualquer comércio. Assim, a ideia é construir uma sociedade capaz de gerenciar seu próprio consumo de forma organizada. O ecoponto será administrado por dois moradores da própria região, para elevar o vínculo participativo e engajamento.

 

 

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