Iniciativa reforça o compromisso com a destinação correta das embalagens, como determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos

O Teuto é o primeiro laboratório da indústria farmacêutica brasileira a utilizar em suas embalagens, o papel cartão Vitacycle. Produzido com 30% de fibras pós-consumo, aquelas provenientes da coleta de embalagens usadas e descartadas pelos consumidores, o Vitacycle garantiu ao Laboratório Teuto o direto de utilizar créditos de reciclagem que atestam a sustentabilidade da produção das embalagens e sua respectiva logística reversa.

O projeto envolveu também a Mācron Indústria Gráfica, responsável pela produção das embalagens, e a cleantech Pólen – parceira da Papirus que gera os créditos de reciclagem. Em apenas dois meses foram utilizadas aproximadamente 120 toneladas de papel cartão Vitacycle, que consumiu 48 toneladas fibras recicladas, das quais 36 toneladas são de fibras pós-consumo que resultaram em 40 milhões de unidades de embalagens para a Teuto.

“Em um curto espaço de tempo, passamos a utilizar o Vitacycle em 50% das embalagens da nossa linha de produtos. O objetivo é maximizar o uso deste cartão para alcançar a marca de 100 toneladas por mês, das quais 40 toneladas serão de material reciclado”, afirma Andreia Cavalcante, diretora de qualidade do Teuto. “Além da utilização de matéria-prima reciclada, este projeto é muito positivo porque, ao rastrear o processo de produção do papel e certificá-lo, nos permite comprovar que estamos realizando a logística reversa adequadamente”, complementa.

A executiva conta que os créditos de reciclagem obtidos com o uso do Vitacycle se somam às diversas ações focadas em Sustentabilidade, Social e Governança (políticas da sigla ESG) que integram o projeto “Teuto Máximo Sustentável”, cujo um dos objetivos é promover o desenvolvimento da indústria, preservando os recursos naturais, além de oferecer mais qualidade de vida à população. “É de extrema relevância, sobretudo no cenário atual, sermos um real agente de transformação. E nada melhor do que termos esta ação materializada em nossos produtos, para que clientes e consumidores percebam como a nossa atuação gera impacto positivo para a sociedade, para os colaboradores e para o planeta”, acrescenta.

Felipe Salles, diretor comercial, da Mācron Indústria Gráfica, destaca o fato de os créditos de reciclagem da Papirus permitirem ao laboratório atestar a destinação correta das embalagens e atender a determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Estar vinculado a um sistema que permite rastrear a origem dos materiais reciclados é fundamental para atestar o cumprimento da legislação. Além disso, graças ao processo de geração destes créditos, é possível conectar toda a cadeia da economia circular, gerando valor para seus elos”, diz.

O sistema de crédito de reciclagem da Papirus é um conceito inovador e que já começa a impactar o mercado de reciclagem, dando o aval de sustentabilidade que as grandes marcas e os consumidores requerem hoje. Para Amando Varella, co-CEO e diretor comercial e de marketing da Papirus, “o Teuto é um exemplo de empresa que está alinhada aos anseios da sociedade, cada vez mais pautados no consumo consciente e sustentável, e a Papirus tem orgulho de contribuir para isso com um projeto inovador e que traz valor para os brand owners e ajuda a estruturar o mercado de reciclagem”.

Como funciona o sistema de crédito de reciclagem da Papirus

O sistema de crédito de reciclagem é semelhante ao de crédito de carbono, em que as empresas podem adquirir créditos para zerar ou reduzir suas emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa). Cada tonelada de apara de papel pós-consumo gera um crédito, que pode ser adquirido pelos brand owners (fabricantes das grandes marcas) para comprovarem que estão adequados à meta de reciclagem da PNRS, que é de 22% das embalagens utilizadas em seus produtos.

No caso da Papirus, a empresa transfere, para os brand owners, os créditos obtidos com o uso de material reciclado que é usado na produção do papel cartão Vitacycle. Desta forma, a empresa agrega valor para esses fabricantes de bens de consumo. Como todo o processo atende às exigências de geração de créditos estipulada pelo Ministério do Meio Ambiente e pelos órgãos ambientais dos estados, e é realizado por meio do sistema de blockchain – tecnologia que está por trás de operações como o Bitcoin e que oferece total segurança para a rastreabilidade de ativos como os créditos de logística reversa -, os créditos são certificados, garantindo transparência e segurança para as marcas e consumidores quanto à sustentabilidade dos produtos.

O processo de geração de créditos inicia-se com a homologação e auditoria de todas as cooperativas e fornecedores de materiais reciclados. Documentos como licenças ambientais e auditorias, que comprovam a ausência de trabalho infantil ou em condições análogas à escravidão, fazem parte da extensa lista de itens a serem cumpridos pelos operadores para fazerem parte do sistema. Após a homologação, é feita a catalogação de todas as notas fiscais emitidas pelas cooperativas nas vendas de aparas. As Notas Fiscais de pós-consumo irão gerar créditos de reciclagem no sistema de blockchain. Com a segurança propiciada pelo sistema, é possível certificar o crédito. Adicione-se a isso, o benefício de que o processo inclui a certificação das cooperativas sob o aspecto ambiental e trabalhista.

A Pólen, cleantech especializada em solução e valoração de resíduos, opera todo o levantamento e catalogação das notas, o sistema de blockchain e o trabalho de certificação. A cleantech já tem catalogadas cerca de 800 empresas que geram material reciclado, além de recicladores, ampliando as possibilidades de utilização de resíduos de papel pós-consumo.

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