Em estudo realizado em cinco países, o Brasil é o único que indicou essa preocupação. Já a China (28%), a Índia (9%), o Reino Unido e os EUA (ambos com 22%) indicam a preferência pelo estudo a partir do Fundamental

Divulgada recentemente, a pesquisa Global Learner Survey 2021 – Parte 2, que ouve populações de diversos países para identificar suas percepções e expectativas sobre a educação, focou em ouvir pessoas com idades entre 16 e 70 anos em cinco países (Brasil, China, Estados Unidos, Índia e Reino Unido) para entender como elas esperam que os sistemas educacionais tratem temas sociais como diversidade e equidade de acesso.

No Brasil, 76% dos respondentes afirmaram que a idade ideal para que as crianças comecem a aprender sobre temas como diversidade, equidade e inclusão deve ser já na pré-escola. Quando questionadas globalmente, o quadro se inverte e a maioria dos participantes dos outros quatro países acreditam a melhor fase para começar a abordagem esses temas é no Ensino Fundamental – China (47%), Índia (43%), Reino Unido (48%) e EUA (34%).

Outro dado de destaque é que, para os respondentes, as escolas são tão responsáveis por ensinar sobre temas sociais quanto por transmitir conteúdo acadêmico. Para 82% dos brasileiros, os sistemas educacionais deveriam preparar os alunos para a vida em uma sociedade multirracial.

“Temas como a valorização da diversidade e o combate à desigualdade de oportunidades têm assumido um protagonismo cada vez maior nos debates das sociedades ao redor do mundo nos últimos anos. Isso tem tido reflexos importantes, inclusive no contexto econômico, com os consumidores cobrando que as marcas se posicionem e com as empresas assumindo compromissos com políticas de ESG e programas voltados para diversidade e inclusão”, afirma Juliano Costa, vice-presidente de Produtos Educacionais da Pearson Latam. “Nesse contexto, a educação, que tradicionalmente já era vista como um motor poderoso para a redução de desigualdades, assume um papel fundamental como caminho para preparar as gerações atuais e futuras para viver e trabalhar em um mundo onde a busca por equidade e justiça social é pauta primordial”.

A Pearson conduziu o estudo em parceria com a Morning Consult, empresa global de inteligência de dados sediada nos Estados Unidos. Ao todo, foram ouvidas 5.500 pessoas com idades entre 16 e 70 anos, por meio de entrevistas online, entre os dias 27 de maio e 10 de junho. Os resultados são representativos da população com acesso à internet em cada país, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Outras descobertas desta edição da Global Learner Survey incluem:

  • A confiança nos sistemas educacionais varia de um país para outro. Os brasileiros são os que menos afirmam confiar que seu sistema de educação trate todos os alunos de forma igualitária (42%), eduque igualmente todos os gêneros (41%) e ofereça ensino de qualidade para todos (22%). O Brasil também é onde mais pessoas dizem que o racismo sistêmico (80%) e a discriminação (87%) são problemas na educação do país.
  • A aprendizagem online na pandemia é vista, ao mesmo tempo, como problema e solução. Ao mesmo tempo em que três quartos dos respondentes nos cinco países concordam que a aprendizagem online pode aprofundar a desigualdade para alunos sem acesso adequado à tecnologia, uma proporção similar (76%) acredita que essa modalidade de ensino pode garantir acesso à educação de qualidade para mais pessoas. Um número grande de pessoas afirma que a pandemia de Covid-19 agravou as desigualdades entre estudantes, especialmente no Brasil (82%) e na Índia (81%).
  • As pessoas estão buscando aprender sobre raça, gênero e equidade por conta própria. 80% dos respondentes nos cinco países estão procurando ativamente aprender sobre assuntos como justiça social, diversidade ou equidade de gênero. Mais de 60% sentem que poderiam aprender mais sobre temas relacionados a diversidade, mas 28% dizem não saber onde procurar por esse tipo de conteúdo. As redes sociais e os veículos de notícias são citados como as fontes mais importantes para incrementar conhecimento sobre diversidade, equidade e inclusão.

 

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