Para alcançar esse resultado, as empresas precisam digitalizar operações, serviços e produtos e investir mais em inteligência artificial, nuvem, blockchain e análise de dados

O estudo How Tech Offers a Faster Path to Sustainability, do Boston Consulting Group (BCG), estima que o uso da tecnologia pode reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) de uma empresa de 18% a 35%. Para isso, as empresas precisariam de uma mentalidade avançada de sustentabilidade focada em quatro pilares essenciais: automação de processos, transparência de dados de carbono, serviços e modelos de negócios sustentáveis e design circular de produtos.

De acordo com o BCG, a chave para alcançar esse patamar é repensar cinco áreas tradicionais da tecnologia:

Operações digitalizadas. Os pioneiros nesta área criam operações e processos mais sustentáveis e, com isso, conseguem mais retorno de consumidores e investidores. As operações mais digitalizadas também melhoram a resiliência dos negócios. O estudo cita o caso da Schneider Electric, que passou de uma instaladora de equipamentos industriais a líder global em eficiência como serviço, gerando receitas com a redução das emissões de CO2 dos clientes. Quanto maior o impacto ambiental e social que a Schneider cria por meio da economia de energia e da redução de emissões, mais ela é financeiramente recompensada por clientes e mais rápido seus negócios se expandem.

Produtos e serviços digitais. As empresas líderes criam canais de distribuição que quebram as restrições econômicas para expandir o seu alcance, escala e acesso para um impacto benéfico na sociedade a custos acessíveis, como aplicativos que digitalizam e facilitam o acesso a bens e serviços essenciais.

Nuvem, IoT e blockchain. Tecnologias e ferramentas digitais avançadas – como sensores e monitores IoT conectados, plataformas de dados baseadas em nuvem e sistemas de rastreamento habilitados para blockchain – habilitam novos recursos para medir e rastrear o impacto ambiental e social em suas cadeias de valor. Com isso, empresas podem melhorar decisões de gestão e investimento e seu desempenho nas metas ESG.

IA e advanced analytics. São tecnologias que geram dados e insights sobre o impacto ambiental e social de um produto, serviço ou processo. Essas plataformas integram recursos, compartilham dados e geram mais transparência e responsabilidade entre os parceiros. As empresas podem aproveitar esses recursos para desenvolver e ajustar ofertas, envolver os clientes e melhorar o desempenho ao longo do tempo.

Dados e ecossistemas. O compartilhamento de dados permite novos modelos de colaboração em diversos setores para desenvolver soluções ambientais e sociais. As empresas podem reunir recursos, acessar novos mercados e expandir o seu alcance com mais facilidade. De acordo com o BCG, isso gera valor de cinco maneiras: permitindo a inovação, criando confiança, facilitando a coordenação, aumentando a conscientização e validando hipóteses.

“O sucesso depende de aproveitar o potencial da tecnologia e dos dados desde o início dos esforços de sustentabilidade, integrando a agenda ESG às soluções tecnológicas. Desta forma, é possível acelerar significativamente os impactos ambientais e sociais desejáveis para uma jornada completa de descarbonização, algo essencial nesse momento sensível de aceleração na mudança climática”, diz Otávio Dantas, diretor-executivo e sócio do BCG, líder da prática de Technology Advantage da consultoria no Brasil.

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