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Startup busca reduzir exclusão digital intensificada pela pandemia 

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  • No Brasil, 42% das casas não possuem computador e 33% não têm acesso à internet

 

  • Campanha “Abra a Gaveta, Doe” transformou mais de 1.600 aparelhos sem uso em ferramentas de ensino para alunos da rede pública

 

A pandemia que impôs restrições de circulação em todo o país foi responsável por evidenciar um obstáculo crítico no que diz respeito ao acesso à educação. Ao mesmo tempo em que as empresas seguem buscando formas de aperfeiçoar o formato de ensino remoto, os números retratam que a inclusão digital ainda é uma realidade distante para grande parte da população.

Buscando reduzir a distância da população mais vulnerável ao acesso à digitalização, a Trocafone, startup especializada na comercialização de aparelhos usados e seminovos, desenvolveu a campanha “Abra a Gaveta, Doe” para doação de smartphones, tablets e notebooks usados aos alunos da rede pública de ensino de São Paulo.

Por meio da campanha, qualquer pessoa moradora de São Paulo e que tivesse aparelhos eletrônicos que não estivessem mais em uso poderia comunicar sua intenção de doação em um site desenvolvido especificamente para este objetivo.

A Trocafone então se responsabilizava pela retirada do equipamento na casa do doador e realizava toda a assistência técnica necessária para deixá-lo em perfeito funcionamento. O equipamento era então repassado aos alunos da rede estadual para utilização nas aulas remotas.

Além disso, a cada aparelho doado para a campanha, a startup doou mais um, dobrando o número de equipamentos arrecadados. No total, a campanha “Abra a Gaveta, Doe”, realizada em parceria com a Secretaria de Educação do Governo de São Paulo, arrecadou 1.608 aparelhos no período entre maio e outubro de 2020. As doações – 1.008 smartphones, 278 notebooks e 322 tablets – foram entregues aos alunos no mês passado.

Segundo dados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP) de 2019, no Brasil, 42% das casas não possuem computador e 33% não têm acesso à internet. Além disso, dos 3,6 milhões de estudantes da rede estadual de São Paulo, apenas 60% têm notebooks e 30% têm tablets, de acordo com o levantamento.

O acesso ao auxílio emergencial, outro desafio imposto pela pandemia, também foi prejudicado pela exclusão digital. Segundo o Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira (Cemif) da FGV, 20% das pessoas pertencentes às classes D e E não conseguiram o benefício, entre outros motivos, por não terem um celular.

 

 

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