Segunda edição do estudo “Sustentabilidade na Agenda dos Líderes Latino-Americanos”, da SAP falou com mais de 400 empresas. Número de empresas brasileiras com programas ESG saltou 26 pontos percentuais em um ano
Uma parcela expressiva de 69% de altos executivos de médias e grandes empresas na Argentina, Brasil, Colômbia e México sinalizaram que já possuem uma estratégia de sustentabilidade em suas organizações, um crescimento acentuado em relação à proporção de 46% registrada em 2021. Essa é uma das conclusões reveladas pela segunda edição do estudo “Sustentabilidade na Agenda das Lideranças da América Latina” promovida pela SAP reunindo entrevistas com 410 líderes regionais.
A tendência é de alta: 30% admitem ter acrescentado mais pilares relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU nos últimos 12 meses, enquanto 15% afirmam ter conseguido colocar em prática iniciativas de sustentabilidade propostas no ano anterior. Além disso, 40% esperam aumentar os investimentos em sustentabilidade em 2022 em relação a 2021, e 51% pretendem manter os esforços.
“Esse novo estudo também deixa muito claro que rentabilidade e sustentabilidade são uma combinação muito poderosa – ambas podem ser buscadas simultaneamente. Tanto consumidores quanto investidores estão inclinados a escolher empresas responsáveis em relação ao ambiente e a comunidades em que atuam”, afirma Cristina Palmaka, presidente da SAP para América Latina e Caribe. “Hoje, mais do que nunca, as empresas que levam em conta o triple bottom line — pessoas, planeta e receita — terão mais vantagens e mais sucesso em uma economia cada vez mais competitiva e globalizada”, acrescenta a executiva.
Diversidade e Inclusão funcionam como uma das principais portas de entrada para o mundo da sustentabilidade: 63% das empresas endereçam o tema de alguma forma. Vêm na sequência cadeias de valor socialmente responsáveis (53%), força de trabalho preparada e ações relacionadas com as emissões de carbono (ambas com 45%) e economia circular (32%). Em qualquer um dos casos, 39% dos consultados indicam que já começaram a ver resultados de suas ações de sustentabilidade e 29% esperam reportá-los ao longo de 2022.
“Um grande avanço cultural é que as empresas não fazem mais isso apenas por uma questão de reputação, mas também para cumprir seus propósitos de empresas responsáveis”, analisa Pedro Pereira, diretor de sustentabilidade da SAP para América Latina e Caribe. “Ainda há muitos desafios pela frente e uma necessidade premente de que as empresas em todo o mundo tomem medidas, especialmente as relacionadas ao ambiente, mas avanços registrados em apenas 12 meses nos deixa muito otimistas”, afirma Pereira.
Segundo estimativas do IDC, a adoção contínua de soluções na nuvem pode evitar a emissão de mais de 12 milhões de toneladas de dióxido de carbono na região entre 2021 e 2024. Mais uma prova de que a tecnologia não é apenas uma grande aliada para gerar impactos sustentáveis, mas também uma grande propulsora e importante ferramenta de apoio para a gestão da sustentabilidade. Outro dado importante do estudo relata que 71% das empresas já utilizam algum tipo de tecnologia para gerenciar e apresentar resultados relacionados a ações sustentáveis.
Empresas brasileiras investirão mais em ESG
O Brasil foi o país onde o maior número de empresas já conseguiu implementar suas estratégias de sustentabilidade: 68% das empresas contam com estratégias em funcionamento, 26% a mais em relação ao ano anterior. Entre elas, 28% confirmam ter incorporado mais pilares relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU em suas estratégias de sustentabilidade nos últimos 12 meses.
O principal desafio para as empresas nacionais continua a ser a dificuldade de aferição de resultados: 59% dos executivos do país têm dificuldade para medir o impacto de suas ações, 13 pontos percentuais acima da média regional (46%), problema seguido pela dificuldade de demonstrar o retorno de seu investimento (49%). 45% estão utilizando tecnologia para superar este desafio e aprimorar seus programas, com 15% dos líderes considerando a adoção de novas ferramentas tecnológicas para a gestão de programas ESG já em 2022.
O Brasil é o segundo país da região onde os executivos dizem já visualizar o impacto das iniciativas ESG nos negócios, com 41%. Outros 30% acreditam que serão capazes de medir e conferir o resultado nos negócios ainda em 2022. A maturação das práticas tem acelerado o passo dos investimentos: 35% das empresas brasileiras planejam aumentar seus investimentos em sustentabilidade. Outros 59% planejam manter o investimento feito no ano anterior.
“Queremos ajudar nossos clientes a se tornarem mais sustentáveis. Temos um portfólio de soluções de sustentabilidade que podem incorporar informações e dados operacionais, experimentais e financeiros de forma a impulsionar a sustentabilidade em escala na América Latina”, disse Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil. “Um dos objetivos da SAP é gerar impactos econômicos, ambientais e sociais positivos para o planeta, com foco especial nas áreas de ação climática, economia circular, impactos sociais e relatórios integrados”.