O conceito de economia circular associa o desenvolvimento econômico ao melhor uso dos recursos naturais, considerando a gestão de resíduos pós-consumo

A logística reversa do OLUC (Óleos Lubrificantes Usados Contaminados), que compreende a cadeia de coleta e rerrefino do resíduo para produção de óleos básicos, foi destacado como um case de sucesso de economia circular no pavilhão Brasil-Glasgow na COP26, realizado em outubro de 2021.

Com um total de aproximadamente 468 milhões de litros de OLUC coletados e destinados corretamente em 2020, o Brasil é uma referência para o setor. Desse montante rerrefinado, foram produzidos cerca de 303 milhões de litros de óleos básicos, o que garante uma economia de divisas para o País na ordem de US$ 300 milhões por ano.

O case brasileiro de economia circular foi apresentado na COP26 pela vice-presidente da Associação Ambiental para Gestão do OLUC (Ambioluc) e gerente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Lwart Soluções Ambientais, Aylla Kipper, que destacou os dados apresentados. “O setor vem se desenvolvendo desde a década de 70 no País. Hoje somos uma referência mundial consolidada no rerrefino e produção de óleos básicos de alta performance, estamos presentes em 95% do território nacional, coletando em 4.250 municípios com 59 bases de armazenamento de OLUC e 12 rerrefinadoras”, comenta.

Lençóis Paulista abriga uma das plantas mais modernas do mundo para rerrefino de óleo lubrificante usado. Pertence à brasileira Lwart Soluções Ambientais, líder no setor e a primeira rerrefinadora da América Latina a produzir óleos básicos de alto desempenho, do Grupo II.

O conjunto tecnológico de ponta presente na planta da Lwart, permite que o rerrefino aproveite praticamente 100% do óleo lubrificante usado que entra no processo industrial. Trata-se de um processo ecoeficiente no qual nada se perde, toda matéria prima é aproveitada de alguma forma.

A eficiência do processo de rerrefino do OLUC realizado pela Lwart faz com que, em média, 73% do volume de óleo coletado se transforme novamente em óleo básico. Dos resíduos resultantes se têm os compostos asfálticos, que são utilizados como matéria prima na produção de produtos para impermeabilização, como manta asfáltica, por exemplo. A água, que é tratada e reutilizada e por fim, as frações leves, que podem servir como combustíveis auxiliares nas fábricas. Outro grande diferencial é a geração de resíduos. Enquanto o processo ácido-argila gera 180.000 toneladas por ano, a operação aplicada pela Lwart não gera resíduos durante o processo normal, e na manutenção anual, gera apenas 100 toneladas.

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