Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria, 98% dos brasileiros se dizem preocupados com o meio ambiente

O dia dos pais está quase aí e a hora de comprar presentes também. Mas é preciso lembrar que o descarte dos pacotes e embrulhos gera resíduos que podem – e devem – ser reciclados, já que alguns tipos de materiais, se virarem lixo, demoram até 400 anos para se decompor. As embalagens dos produtos podem trazer informações que vão além dos ingredientes, modo de usar ou outras orientações, como selos e certificações.

Os brasileiros estão conscientes da importância da Amazônia e acreditam que o desenvolvimento e a conservação das riquezas naturais devem andar juntos. Em uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada em novembro de 2020, 98% dos entrevistados se consideram preocupados com o meio ambiente e 80% acreditam que é possível explorar de maneira inteligente os recursos da natureza, para preservá-los. Os selos de sustentabilidade ajudam o consumidor a fazer uma escolha mais consciente, pois informam que a marca está engajada em diminuir o seu impacto negativo no meio ambiente.

Entre as imagens que podem estampar a embalagem apontando ações sustentáveis, há o símbolo do Sistema B, que indica um modelo de negócio voltado para o desenvolvimento social e ambiental; do Orgânico Brasil, que garante insumos orgânicos; do Rainforest Alliance, que comprova o alinhamento da empresa com a sustentabilidade em agronegócios, florestas e ambientes turísticos; e o selo eureciclo, que certifica a logística reversa de embalagens pós-consumo com uma tecnologia que rastreia os dados da cadeia de reciclagem e confere consistência e escalabilidade ao processo.

“Atualmente temos três selos: um que informa que as companhias cumprem a lei e compensam ambientalmente 22% da massa de resíduos que coloca no mercado, outro que mostra a destinação correta de 100% e um para as companhias que vão além e promovem a reciclagem de 200% dessa quantidade, ou seja, do dobro de resíduos que geram”, explica Marcos Matos, diretor de marketing e vendas da eureciclo. O total de compensações e certificações realizadas pela empresa em 2020 foi de 106 mil toneladas e a remuneração contemplou 115 cooperativas e operadores privados, com mais de R$5,8 milhões, que puderam ser empregados em melhorias operacionais, na contratação de pessoas e no aumento da renda desses profissionais.

Olhe para a embalagem

Em 2010 entrou em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que prevê a destinação correta de pelo menos 22% da massa de embalagens que as empresas colocam no mercado, com o objetivo de incentivar a reciclagem no país e reduzir a quantidade de lixo levada para aterros. Mas ainda estamos engatinhando, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos 2018, da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). O estudo aponta que apenas 3% dos resíduos são reciclados no Brasil.

Sabemos que para transformar essa realidade é necessário que todos os atores da cadeia entendam sua responsabilidade. Além das empresas, os consumidores podem ajudar a dar mais consistência ao cenário da reciclagem com ações simples, como repensar os próprios valores e incluir hábitos sustentáveis na rotina. Optar por sacolas reutilizáveis no supermercado, fazer a separação para a coleta seletiva, lavar as embalagens antes de descartá-las e comprar de marcas que estão efetivamente comprometidas com a reciclagem são algumas opções.

Os selos e certificações, portanto, passam a ser grandes aliados, já que são uma maneira eficiente de informar o consumidor. A eureciclo já conta com mais de 4,5 mil empresas parceiras em todo o país, o que quer dizer que o consumidor vai encontrar uma opção certificada pela empresa se estiver atento. “Cada passo no processo de conscientização importa e é muito bacana poder informar ao público qual marca é engajada em diminuir seus impactos. Ao escolher um produto que possui o selo eureciclo, por exemplo, ele fortalece uma marca realmente engajada e ainda incentiva cooperativas de catadores e operadores”, completa o diretor. Desde o surgimento do selo, foram gerados R$16 milhões em remuneração para a cadeia de reciclagem, impactando cerca de 17 mil pessoas diretamente.

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